Carreira

Dúvidas sobre como ser um bom gestor financeiro? Veja 10 dicas!

Conseguir desempenhar um papel de liderança orientando e alcançando resultados, além de manter uma equipe de trabalho focada, não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível. Na busca por poder atingir um bom patamar na função, algumas atitudes e bons hábitos devem ser cultivados por quem trabalha e busca entender no dia a dia como ser um bom gestor financeiro.

Isso porque é um cargo que acarreta uma série de responsabilidades importantes para a execução das demais atividades da organização. Estão entre elas, por exemplo, a prestação de contas dos demais departamentos para os gestores e a criação de um planejamento financeiro estratégico, de forma a potencializar lucros e manter a empresa funcionando adequadamente.

Ainda dentro do quadro de funções, podemos incluir a análise contábil e de créditos, avaliação da necessidade de financiamentos e empréstimos, previsão de momentos delicados e a capacidade de apontar o momento mais seguro e adequado para realização de investimentos. E claro, o acompanhamento de fluxo de caixa, faturamentos, capital de giro, avaliação de manutenção de estoques e controle sobre o crescimento saudável da corporação etc.

Assim, é possível perceber que, por ser um cargo extremamente estratégico e ligado a todos os setores, o profissional encarregado dessa função deve ser extremamente competente, analítico, entre outras qualidades inerentes à função. Para saber mais sobre como ser um bom gestor financeiro, atente para as seguintes práticas dos profissionais de mais alto nível!

1. Desenvolver a capacidade analítica

Além de conseguir desempenhar um trabalho que possa cumprir com as obrigações da função para a qual foi contratado, o bom gestor é aquele que tem um raciocínio e uma posição crítica, possibilitando analisar e resolver problemas de maneira eficaz e definitiva.

Ao refletir sobre o contexto da organização e as dificuldades enfrentadas, a pessoa que consegue enxergar a verdadeira relação entre causa e efeito tem maior potencial para solucionar questões de ordem técnica com mais velocidade e eficiência. À medida que as operações se tornam complexas e envolvem uma quantidade maior de variáveis, a capacidade de análise deve estar mais presente também nos profissionais da área financeira.

Um raciocínio orientado a identificar corretamente que outputs devem ser colhidos de cada processo pode ajudar a empresa a melhorar suas rotinas. Esse tipo de raciocínio conduzirá a ação do profissional para a busca pela melhoria de processos, maior ganho de lucratividade e uma postura de exemplo para demais pares e liderados.

Um importante exemplo disso está relacionado com a decisão de investimentos em novos produtos, por exemplo. Se o gestor financeiro analisar erradamente, antecipando esse momento, poderá comprometer o crescimento financeiro como um todo.

2. Tomar decisões com base em dados

Depois de alguma experiência acumulada, alguns gestores tomam decisões que não são muito embasadas em números reais. Ainda que exista muita informação disponível dentro das empresas, nem todos os profissionais estão aproveitando ao máximo esse potencial.

Esse é um problema sério, pois, embora a experiência possa guiar algumas mentes mais bem preparadas, qualquer ação precisa ser confirmada por meio de dados consistentes. O que acontece, na maioria das vezes, é que pessoas que passaram por várias situações similares acabam notando algum reconhecimento de padrão, ainda que de uma forma inconsciente.

Estamos em um período em que a quantidade de informação nas empresas é bastante vasta e, sendo assim, o melhor é ter bases atualizadas e consistentes para guiar o processo decisório. Um bom gestor financeiro se utilizará de ferramentas importantes, que serão capazes de oferecer esses dados de forma consistente, tais como softwares de gestão, planilhas automatizadas, entre outros.

3. Manter o foco na lucratividade

Em meio a uma série de atividades que se amontoam e fazem com que o tempo de trabalho pareça encolher a cada dia diante de tantas responsabilidades, não se deve perder nunca a referência daquilo que gera lucratividade para a organização. Logicamente, em maior ou menor grau, todas as tarefas realizadas dentro de uma empresa afetam a lucratividade, mas algumas delas são as que conseguem contribuir de maneira mais sensível para os bons resultados.

Evitando burocracias que encarecem a rotina produtiva da organização e o gasto de recursos físicos, tecnológicos ou humanos, um bom gestor financeiro mantém a empresa no rumo certo, priorizando sempre o lucro. A palavra-chave aqui é: priorizar. Escolher as questões a serem resolvidas prioritariamente é optar por aquelas que estão diretamente ligadas à rentabilidade do negócio.

Deve-se ressaltar o cuidado de realizar essa função de forma estratégica ao pensar em aumentar a margem de lucro. Isso porque algumas atitudes podem de fato trazer um resultado rápido, porém, não de forma sustentável, resultando em mais problemas no longo prazo do que soluções.

4. Conhecer outras áreas da empresa

Ao ter que assumir responsabilidades que afetam todo o conjunto de departamentos e áreas que compõem o sistema produtivo como um todo, os responsáveis pelo controle e boa gestão financeira precisam conhecer mais do que somente o seu setor.

Para ter condições de tomar decisões mais acertadas e alinhadas com as metas da empresa, o gestor financeiro de alto nível conhece os outros departamentos e como eles funcionam, pelo menos de uma maneira razoável. Assim, terá como ajudar a criar e promover a manutenção de políticas administrativas que gerem impactos positivos de maneira ampla e estratégica, indo além das preocupações meramente operacionais.

Portanto, é importante que um bom gestor financeiro esteja apto a conversar com os responsáveis pelos demais setores, e dedique-se a estudar minimamente quais são as principais questões de cada um deles, de forma a compreender melhor suas demandas e necessidades.

Um exemplo que elucida bem essa questão é: em caso de remanejamento de verba entre setores, se o gestor financeiro não souber adequadamente a necessidade de cada um deles, poderá comprometer seriamente o seu funcionamento. Com isso, pode-se prejudicar toda a cadeia produtiva.

5. Manter-se atualizado

Com um mercado que se torna cada dia mais competitivo e disputado, o espaço para pessoas que não se atualizam diminui rapidamente. Novas técnicas ou reestruturações de metodologias surgem constantemente e devem ser conhecidas para que se possa avaliar o que pode ser útil para a empresa.

De operadores de chão de fábrica à alta diretoria, a necessidade por uma capacitação contínua não poupa ninguém. Por isso, a busca por fontes de conhecimento e até cursos que ajudem no aprimoramento de profissionais não podem ser deixados para um segundo momento.

Foi-se o tempo em que bastava apenas conseguir comprovar habilidades para a conquista do cargo. Hoje, esse desafio é diário e não deixa muita margem para os mais lentos ou desatentos.

Alta demanda, maior geração de dados, público e mercados mais exigentes não permitem falhas. Tendo isso em mente, é essencial que você, como gestor financeiro, saiba fazer o melhor possível com maior agilidade. Isso é possível, por exemplo, com o conhecimento de novas ferramentas, por meio de atualização constante.

6. Saber oferecer e receber feedbacks

Para que um gestor financeiro consiga mostrar bons resultados, ele depende de um time que o ajude nas tarefas da área e, quanto mais alinhada e bem orientada a equipe estiver, melhor. Um verdadeiro líder não trabalha sozinho. Ele conta com o esforço e o empenho dos seus liderados e, para que eles caminhem na mesma direção, é preciso dar feedbacks que ajudem a corrigir falhas e aprimorar processos.

Ao mesmo tempo em que é necessário dar um retorno de como as pessoas ao seu redor andam desempenhando suas atividades, um verdadeiro gestor também precisa ter a consciência de que é muito importante saber ouvir. Feedbacks podem ser positivos ou negativos, mas todos eles devem ajudar a pessoa que o recebe a ajustar a sua forma de atuar, para garantir melhores resultados.

7. Definir prioridades

A organização do tempo é fundamental para que o trabalho de um gestor financeiro seja bem-feito. Com algumas sazonalidades que costumam manter todo o departamento empenhado em certas épocas do mês e também do ano, há ainda várias necessidades que precisam ser resolvidas de última hora.

Além disso, a união de responsabilidades que fazem com que toda a empresa dependa de um bom ritmo de trabalho do departamento faz com que o gestor financeiro tenha uma gestão de tempo ainda mais desafiadora.

Para conseguir lidar com tudo o que precisa ser feito, é necessário saber julgar o que é importante e urgente, focando o que deve ser atendido em cada momento. Investir tempo em tarefas que não sejam as mais indicadas pode custar muito para a empresa e também para a visibilidade do gestor.

Seguindo essas boas práticas do mercado de como ser um bom gestor financeiro, ficará mais fácil conquistar o reconhecimento do trabalho bem desempenhado, bem como melhores resultados para a empresa.

8. Ser proativo

Como falamos antes, agilidade nos processos deixa de ser um diferencial: é questão de sobrevivência no mercado. E, para alcançar isso, é essencial ser proativo. Um bom gestor financeiro precisa ter iniciativa e atitude, principalmente, por lidar com questões essenciais e estratégicas da organização como um todo, seja na solução de problemas, seja na otimização de pontos positivos que já sejam evidentes na corporação.

Por exemplo, ao identificar uma queda nas vendas de um produto importante do portfólio da empresa, é essencial que o gestor do setor financeiro analise os seguintes pontos:

  • qual o impacto que essa queda tem em curto e em longo prazo?
  • é um caso isolado ou há registros de que há uma tendência a queda?
  • outros concorrentes passaram pelo mesmo problema com produtos semelhantes? Como resolveram?
  • essa queda causa problemas financeiros diretamente nos cofres da empresa?
  • caso a resposta anterior seja “sim”, qual é a gravidade da situação?
  • o que pode ser feito em curto e em longo prazo para amenizar o prejuízo? Há capital de giro suficiente para cobrir o problema sem comprometer as demais atividades?
  • quais estratégias podem ser realizadas para reverter o quadro?

Essas são algumas questões que um líder proativo fará de imediato, de forma a resolver a questão o quanto antes. O objetivo é evitar que a situação se estenda e, com isso, gere um prejuízo que possa comprometer o crescimento da empresa.

Em primeiro lugar, um gestor que não seja proativo demorará para perceber o problema e, posteriormente, também demorará para buscar estratégias de resolução da questão. Quanto mais tempo o problema demandar para ser resolvido, maiores serão os danos gerados. Nada bom, não é mesmo?

9. Ter uma boa disciplina

Com o aumento de informações e demandas, derivado do alto volume de dados gerados cotidianamente para o setor financeiro, ter disciplina é essencial para um bom gestor. Essa é uma característica essencial, pois é um departamento que lida constantemente com diversos prazos e que, caso sejam perdidos, podem gerar problemas para a empresa, tais como:

  • pagamento de convênios relacionados à infraestrutura da empresa (água, luz, telefone, internet, entre outros);
  • pagamento de tributos obrigatórios;
  • acerto de folha de pagamento e direitos trabalhistas;
  • acerto com fornecedores e empresas terceirizadas que prestam serviço para o negócio, entre outros.

Além disso, ao utilizar ferramentas importantes de otimização do trabalho, como softwares e planilhas, é necessário realizar a conferência constante dos dados, prazos e informações apresentadas ali. Afinal, mesmo com toda a automação, ainda há a necessidade de realizar algumas tarefas de forma manual, e isso só é possível por meio da manutenção da disciplina de realizar as consultas periodicamente, evitando perdas de deadlines.

10. Trabalhar habilidades de persuasão e comunicação

Muitas vezes, o financeiro precisa apontar soluções que podem não ser muito populares para alguns setores. Por exemplo, um corte de verbas para realizar adequações em momentos delicados pode não ser muito bem recebido. Além disso, nenhum diretor gosta de receber a informação de que é necessário realizar qualquer tipo de política que possa interferir no clima organizacional, não é mesmo?

Por isso, é primordial que um bom gestor financeiro trabalhe habilidades de persuasão e comunicação. Quando esse momento surge, ele deve ser capaz de assumir as seguintes funções:

  • ser claro, direto e objetivo sobre a importância daquela ação impopular;
  • demonstrar o quanto ela é importante para a sustentabilidade financeira do negócio;
  • apontar dados e apresentá-los de forma a corroborar e reforçar as soluções apontadas pelo setor financeiro;
  • convencer os diretores de implementar as ações;
  • se comunicar adequadamente com os diversos setores, de forma a avaliar o impacto que será causado em cada um deles e se certificando de que não inviabilizará o funcionamento de nenhum deles.

Agora que já sabe como ser um bom gestor financeiro, tenha em mente que essas habilidades devem ser treinadas e praticadas constantemente, de modo a estar preparado, caso algum momento delicado apareça e seja necessário colocá-las em prática.

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