Categorias: Gestão Financeira

Conheça 6 boas práticas para gerenciar o capital de giro!

Queda nas vendas, redução de produtividade, surgimentos de novos concorrentes, crise econômica, mudanças no mercado… Diversos fatores podem impactar a rotina das empresas e, em alguns momentos, podem colocá-las em dificuldade financeira. Quando isso acontece é necessário contar com um capital de giro que compense o aumento de despesas ou diminuição no faturamento.

O capital de giro, de uma maneira geral, tem como objetivo criar uma reserva financeira suficiente para manter o negócio em funcionamento durante um determinado período, sem que haja prejuízos em seus processos internos. Portanto, é uma forma de a empresa se resguardar diante dos momentos de dificuldades.

Porém, muitos empresários não têm a política de construir e manter um capital de giro. Essa postura pode colocar a empresa em risco, já que em um momento de baixa nos negócios, pode não dar conta de cumprir com os seus compromissos, o que leva a inadimplência, irregularidade, dívidas e, até mesmo, a fechar a empresa.

Agora que você já sabe como o capital de giro pode influenciar o desenvolvimento da sua empresa, que tal aprender como gerenciá-lo? É só acompanhar os próximos parágrafos!

1. Não conte com recebimentos futuros

Existe um ditado popular que diz para “não colocar a carroça na frente dos bois”. Apesar de parecer simplório, esse dito deve ser levado em consideração no mundo dos negócios. Alguns empresários costumam planejar suas finanças e despesas com recursos que ainda não entraram em caixa, ou seja, com as contas que a empresa ainda tem a receber.

Esse pode ser um grande erro, já que o dinheiro não está no seu caixa e não pode ser usado por você. Portanto, faça o seu capital de giro apenas com os recursos que podem ser movimentados pela sua empresa. Afinal, se acontece alguma situação emergencial é preciso ter uma verba disponíveis para lidar com ela.

2. Aumente a margem de lucro

Contar com uma margem de lucro maior é necessário para melhorar a saúde financeira do seu negócio. Uma vez que, quanto mais dinheiro sobra para a empresa, maior será o capital de giro disponível. Portanto, busque estratégias que permitam crescer a margem de lucro dos seus produtos ou serviços.

Uma das possibilidades é negociar com fornecedores em busca de melhores preços e condições de pagamento, o que permite maximizar o seu lucro em cada um das vendas de produtos ou serviços. Além disso, também pode buscar por matérias-primas que sejam mais baratas e que não impactem na sua qualidade.

3. Invista o dinheiro que está parado

O princípio do capital de giro envolve a manutenção de recursos em caixa para que sejam usados apenas nos momentos de dificuldade do negócio. Porém, dinheiro parado não é rentável e existem possibilidades de aplicar essas verbas em certos investimentos, o que permite uma rentabilidade interessante para manter a sua reserva financeira.

Mas lembre-se: capital de giro é para ser usado em curto prazo. Portanto, nada de fazer aplicações de longo prazo, pois isso travará o seu dinheiro e o impedirá de usá-lo em casos de emergências ou situações imprevistas.

O ideal é buscar investimentos de liquidez diária, o que reduz a desvalorização diante da inflação, além de ter maior flexibilidade na hora de movimentar o seu dinheiro.

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4. Cuide do seu estoque

Produtos ou insumos parados em estoque são sinônimos de perda de dinheiro e prejuízos, pois eles não são comercializados e, consequentemente, não trazem retorno financeiro para a empresa. Por isso, é bastante importante contar com uma política eficiente de gerenciamento do estoque.

Para isso, é necessário fazer uma previsão de vendas, o que permite saber o que você deve ter estocado ou não e em quais quantidades. Assim, você garante a circulação de mercadorias e passa a saber o que o seu capital de giro pode esperar no futuro — seja para custear despesas, seja para garantir a manutenção da reserva financeira.

5. Estimule compras à vista

O cartão de crédito e a facilidade de parcelar as compras mudou os hábitos de consumo. Agora é possível ter acesso a uma série de produtos e serviços, mesmo sem ter todo o dinheiro para custear a transação. Porém, para as empresas, as vendas à vista serão sempre mais interessantes.

Isso porque as vendas a prazo estão atreladas à capacidade de pagamento do consumidor, no repasse do dinheiro pelas operadoras de cartão e outros fatores que podem vir a atrasar ou limitar o recebimento por parte da empresa. Já com as vendas à vista, o dinheiro entra no caixa do negócio naquele exato momento.

Dessa forma, é interessante estimular seus clientes a fazerem compras à vista. Para isso, promova campanhas de desconto para quem optar por esse modelo de negociação, ofereça vantagens e brindes ou busque outros tipos de benefícios que façam o consumidor priorizar as compras nesse modelo.

6. Evite financiamentos com bancos

Quando a situação se complica para uma empresa é normal que o comerciante recorra aos bancos para conseguir superar as dificuldades. Esse comportamento, porém, só acontece quando o negócio não conta com um capital de giro suficiente para manter o negócio em operação.

Porém, assumir financiamentos ou empréstimos com bancos é um grande risco para qualquer negócio, sobretudo para as micro e pequenas empresas. Os juros praticados por essas instituições são bastante elevados e podem trazer problemas ainda mais sérios para a organização.

Com isso, o negócio se verá em dificuldades e precisará lidar com desafios ainda maiores no futuro. Dessa forma, é sempre melhor trabalhar na construção e manutenção de um capital de giro que possa ser usado nos momentos mais delicados e que farão com que a empresa a siga funcionando.

O capital de giro é uma forma de garantir a segurança das empresas. Afinal, qualquer negócio está sujeito a períodos de dificuldades e queda nas vendas. Dessa forma, é importante ter uma reserva de recursos para cobrir as principais despesas e manter o seu negócio em operação. Aproveite as dicas deste texto em seu empreendimento.

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