A contratação de PJs vem ganhando cada vez mais espaço entre as empresas.
No entanto, nem sempre é possível decidir com facilidade se o negócio deve contratar através do modelo CLT ou PJ, afinal existem diversas variáveis que devem ser analisadas com cautela para que os melhores resultados sejam alcançados.
Neste artigo, nós vamos te apresentar as principais vantagens e desvantagens que cada modelo pode oferecer, além de explicar os cuidados que você deve tomar com a pejotização e elencar alguns critérios fundamentais no momento de escolher o melhor modelo de contrato.
Aproveite o conteúdo e boa leitura!
Antes de entender quais critérios devem ser utilizados para realizar uma contratação CLT ou PJ, primeiramente você deve compreender os benefícios e desvantagens que cada modelo pode oferecer para o negócio.
A contratação CLT é a mais tradicional entre as empresas, sendo regida pela Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e na qual o colaborador é classificado como “celetista”, sendo um acordo formalizado através do registro em carteira de trabalho.
Neste contrato, a negociação é realizada através da pessoa física, designada como “empregado” e que possui as responsabilidades determinadas de acordo com a sua função de registro.
Dessa forma, aqui existe o famoso vínculo empregatício, que é caracterizado a partir dos elementos que constituem uma relação de trabalho. São eles:
Agora que você já conhece as características do modelo de contratação CLT, chegou o momento de entender as suas vantagens e desvantagens.
Vantagens da contratação CLT:
Desvantagens da contratação CLT:
Analisando a partir da perspectiva do colaborador, este modelo apresenta uma maior estabilidade e segurança financeira, pois garante um relacionamento de maior continuidade.
Porém, ele reduz a flexibilidade e possibilidade de realizar atividades extras.
Já para a empresa, apesar de estabelecer uma relação com critérios, direitos e deveres assegurados por lei, esta contratação exige maiores recursos e investimentos financeiros para a atuação do trabalhador.
Diferentemente do modelo CLT, o modelo de contratação PJ, é uma alternativa menos tradicional e utilizada como um recurso estratégico pelas empresas.
A “Pejotização” se refere a contratação de serviços que fazem parte de um determinado escopo da empresa, realizados por profissionais que possuem um nível de especialidade e habilidades específicas.
Aqui, a negociação é feita utilizando dois CNPJ, o da contratada e da contratante. Assim, entre o modelo CLT ou PJ, este estabelece um relacionamento com menor pessoalidade.
Dessa forma, toda a relação de trabalho é feita a partir do acordo firmado no momento da negociação, sem a existência do vínculo empregatício.
Este modelo surgiu como uma forma de aumentar a flexibilidade nos contratos e formalizar as relações que não são firmadas através do contrato CLT.
Após verificar como funciona o modelo PJ, você poderá entender com maior facilidade os benefícios e desvantagens.
Vantagens da contratação PJ:
Desvantagens do modelo PJ:
Entre o modelo CLT ou PJ, este é o que apresenta maior flexibilidade e melhores termos de negociação para ambas partes.
Isso porque o contrato de prestação de serviço possibilita uma maior abertura para a atuação da contratada e menores custos para a contratante, além de facilitar a alteração dos termos de serviço caso alguma mudança seja necessária.
No entanto, este é um acordo que exige um nível maior de conhecimento para ser gerenciado da melhor maneira, sem gerar danos para a empresa ou para a contratada.
Como você já percebeu, a conduta e o relacionamento entre os modelos CLT e PJ são distintos. Assim, existem algumas práticas que, apesar de serem comuns no mercado, são ilegais e podem gerar grandes danos para a organização. Uma delas é a pejotização.
Nesta conduta, a empresa busca “maquiar” a relação de trabalho, realizando a contratação de um PJ, mas exigindo deveres e atuação de um profissional CLT, sem garantir os mesmos direitos previstos na legislação.
Dessa forma, existem algumas das características comuns dessa atuação, como:
Essa conduta pode ser desenvolvida tanto por empresas que não possuem a maturidade para lidar com uma relação de trabalho mais flexível, quanto em situações de que os gestores não têm os conhecimentos necessários para saber qual o melhor modelo de contrato, se CLT ou PJ.
E você vai aprender como fazer esta escolha no próximo tópico deste artigo.
Decidir entre uma contratação CLT ou PJ pode ser uma atividade bastante difícil.
Porém, existem três pontos essenciais que vão guiar o processo de escolha e te ajudar a definir os critérios com maior segurança.
Veja a seguir!
O primeiro passo é analisar as demandas que a contratação exige. Dessa forma, é possível avaliar com maior segurança o que a empresa precisa e qual contrato irá entregar e atender cada necessidade.
Entre o contrato CLT ou PJ, existem dois pontos cruciais para avaliar: continuidade e especialidade.
É recomendável que um profissional celetista seja selecionado quando a empresa pretende estabelecer um relacionamento de longo prazo, e necessita de uma menor flexibilidade na relação.
Além disso, é possível contratar profissionais que possui níveis de conhecimento abaixo do esperado e treiná-los, para que, no futuro, possam desempenhar atividades com maior complexidade.
A indicação do contrato PJ é feita quando existe uma atividade pontual a ser realizada, porém, com um nível de expertise e habilidades mais desenvolvidas.
Assim, além de possibilitar uma melhor previsão para o início e fim das entregas, este modelo garante uma maior qualidade do produto final.
Como você já percebeu, os dois modelos apresentam vantagens e desvantagens quando o assunto é investimento.
Porém, entre um contrato CLT ou PJ, o segundo modelo entrega melhores perspectivas de custos e investimentos.
Afinal, enquanto num contrato CLT a organização deve fornecer todos os recursos e arcar com as despesas da atividade laboral, na prestação de serviços sem vínculo empregatício é possível planejar com antecipação quanto cada atividade vai custar e estabelecer limites entre o uso de recursos da contratada e contratante.
O último ponto é avaliar a capacidade da empresa, e seus profissionais, em gerenciar os formatos de contrato.
Neste momento, é essencial que você saiba que, normalmente, os responsáveis pelas contratações de cada modelo podem possuir diferentes atribuições na empresa.
Por exemplo, enquanto as contratações CLT são determinadas pelos profissionais da área de RH, os prestadores de serviço podem ser designados pelo gestor de compras.
Assim, cada formato exige conhecimentos específicos sobre como as relações serão gerenciadas.
Como você percebeu, os dois modelos apresentam vantagens e desvantagens que precisam ser verificadas antes da tomada de decisão. Dessa forma, o ponto principal para realizar a melhor escolha é saber lidar com cada formato.
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Olá Andrea. Tudo bom?
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